sábado, 26 de abril de 2008

TRABALHO

Jovens fazem à cobertura do encontro nacional dos comunicadores e comunicadoras



No dia 26 de Abril de 2008, mais precisamente a partir das 14:00 deu-se início a um evento histórico e de proporções nunca antes vistas. Trata-se do início das preparações de um novo tempo para os jovens no Brasil.



Mas porque de um novo tempo?



Essa preparação visa dar uma nova visão do e ao jovem Brasileiro, fora a já estereotipada alienação e falta de perspectiva que as grandes oligarquias de comunicação insistem em veicular. Esta preparação, por assim dizer será feita pelos jovens atuantes em diversas áreas e em diversos estados do Brasil através da 1˚ conferência nacional da juventude (por políticas públicas) e pelo encontro nacional de jovens comunicadores e comunicadoras, articulado pelo Projeto/ Revista Viração em parceria com a ONG Catavento Educação e Comunicação, Ciranda - Central de Notícias dos Direitos da Infância, a Fundação Friedrich Ebert e a Fundação Athos Bulcão, no centro de convenções Israel Pinheiro, em Brasília – DF, que reuniu na data de hoje cerca de 40 instituições e redes de diversas partes do Brasil, todas com uma semelhança: a participação de jovens ativamente em seus projetos e estruturas organizacionais




Panorama dos participantes do 1º encontro nacional de jovens comunicadores e comunicadoras em Brasília – DF.



A principal pauta de discussão do encontro foi para discutir a mobilização de jovens a respeito da media, de suas influências, seus impactos e, principalmente, de seus mecanismos de atuação social.



Com o objetivo de tornar o ambiente mais descontraído e dinâmico, primeiramente se realizaram uma série de dinâmicas regionais com o objetivo de aquecimento e integração logo após, optou-se por realizar a primeira parte do encontro em forma de um programa de rádio, o que foi muito positivo e serviu para “quebrar o gelo”, já que todos ficaram a vontade para participar e expor os seus projetos e trabalhos, principalmente ligados à promoção do acesso aos meios de comunicação dentro de diversas temáticas, sendo as principais a construção de uma identidade popular, a luta pela igualdade social e de gênero através de movimentos feministas e de promoção do direito ao planejamento familiar, da promoção da cultura de não-violência e da sexualidade consciente, da promoção da cultura de rua através do movimento hip-hop, a produção de fanzines e jornais populares e informativos de distribuição popular, a produção e veiculação de conteúdo mediático via programas de TV, documentários e programas de rádio, além de contar com a presença da revista viração e do CONJUVE fazendo a mediação do encontro, além de trazerem muitas informações institucionais e governamentais que foram de importante relevância para as discussões que se seguiram.





Danuza, do Virajovem - DF em programa “Cobertura Jovem” no encontro nacional de jovens comunicadores e comunicadoras e Brasília - DF






Depois da confraternização e do programa de rádio, deu-se início a segunda parte do encontro, que foi a análise das conjunturas, que contou com a participação da Carol Ribeiro, do instituto intervozes, que fez considerações importantes sobre a criação da TV pública (TV Brasil) e com críticas contundentes sobre o modelo de gestão implementado pelo atual governo para a mesma.



Esta análise das conjecturas foi marcada pela participação ativa dos jovens presentes com perguntas, sugestões e reclamações diversas sobre a comunicação em si no Brasil, o acesso a ela, a crítica aos grandes conglomerados oligárquicos de comunicação e radiodifusão e ao apelo de diversas frentes para a promoção não apenas para o acesso, mas também para a divulgação e apoio, tanto financeiro na forma de incentivos, como institucional na forma de políticas de garantia de divulgação nos meios de comunicação e nas novas tecnologias de informação integralmente, além do desejo pelo fim da corrupção e pelo uso eficiente das ferramentas tecnológicas provenientes de qualquer sistema, sendo que os pontos de maior destaque da referida análise foram:



- Criação e utilização dos jovens na TV pública;


- Concessões de rádio e TV;


- Campanhas de mobilização para a criação de comitês públicos de monitoramento de programação;


- Procurar o direito de resposta quando os direitos fundamentais do homem / mulher forem violados ou negados através da veiculação de media;


- Mudar a legislação para que as condições de acesso e produção de radiodifusão sejam mais facilitadas;


- A questão das rádios comunitárias


- O fato de não existir nenhuma política pública para o fomento a produção de radiodifusão comunitária no Brasil atualmente;


- A relação de forças entre os oligopólios de comunicação x governos x sociedade civil


- A dificuldade de se colocar em pauta o processo da conferência nacional de comunicação;


- A questão do software livre e a livre produção de sistemas de uso compartilhado;


Carol Ribeiro, do intervozes – SP, em conjuntura no encontro nacional de jovens comunicadores e comunicadoras em Brasília - DF


A parte final do encontro ficou a cargo de uma entrevista com o coordenador da etapa nacional da conferência nacional da juventude, o Zé Eduardo, que respondeu as perguntas dos jovens de maneira clara e objetiva (pecando apenas por não explicar o que exatamente significa “biopsicossocial”).



Zé Eduardo, do CONJUVE-DF sendo entrevistado no encontro nacional de jovens comunicadores e comunicadoras em Brasília - DF







Ainda há mais trabalhos do grupo formado pelos comunicadores e comunicadoras jovens que participaram do evento de hoje, mas em questão da viagem muito cansativa (alguns viajaram 37 horas para estar aqui!) os trabalhos de escolha dos grupos de trabalho e de elaboração das propostas para a conferência nacional ficaram adiados para amanhã a partir das 08h00min da manhã.



Gostaria de salientar a todos à importância de se informar sobre os movimentos de juventude de seu bairro, cidade, estado para que juntos possamos, efetivamente construir políticas públicas que sejam viáveis e aplicáveis dentro do cenário político nacional atual, além de claro cobrar sempre o cumprimento das mesmas em todas as esferas possíveis, seja ela política, jurídica, social ou educacional.



Lembremos que na política é o ato de participação que garante as melhores condições que todos almejamos, seja para o jovem, para a criança ou para qualquer outro setor da nossa sociedade. Nós aqui estamos lutando para que você tenha a chance de fazer a sua parte, portanto não desperdice a sua chance!






Marcelo Santos, participante dos grupos TransformAÇÃO, biblioteca viva e fanzine Catraca, (mas pode me chamar me MÁMA...^^), faço parte da casa dos meninos I e estou fazendo a cobertura jovem da conferência nacional da juventude pelo CENPEC em parceria com a revista Viração.










Nenhum comentário: