quarta-feira, 30 de abril de 2008

A Plenária e as 22 prioridades da 1º conferência nacional da juventude

Depois de todas as propostas elaboradas e das respectivas leituras, os participantes seguiram para o almoço já na expectativa para o que viria logo a seguir. Considerados por muitos como o ponto alto da plenária, o momento interativo foi uma “loucura” total, com delegados de todos os grupos fazendo muita campanha para que os outros delegados votassem nas suas propostas de destaque, mas como assim votar nas propostas?




É que esse momento interativo visa dar maior participação de todos os delegados em todas as propostas apresentadas, elegendo as 22 prioridades em políticas públicas para a juventude das 63 apresentadas na plenária no período da manhã, para tal, cada um ganhou uma cartela contendo 10 adesivos que seriam colados em cartolinas com as propostas que cada um deseja apoiar e as 22 prioridades sairão dos maiores votados neste processo. Portanto, foi à hora de conseguir o maior número de votos possíveis para a sua proposta e estes votos foram conseguidos na força de vontade, ou seja, NO GRITO! Com cada um fazendo o que podia para chamar a atenção do maior número de delegados possíveis. Dentro desta verdadeira epopéia política, aconteceram momentos muito emocionantes, como a deficiente visual Daiane montoalli que pedia votos para a sua causa, a de fortalecimento das políticas para os portadores de deficiência física, o GT de meio ambiente, que conquistava votos no grito e comemorava muito a cada voto conseguido, o GT jovens negros e negras, que apostava no debate para conseguir mais votos para duas propostas distintas, além de todos os outros GTs, que fizeram do momento interativo um verdadeiro sucesso.


Já na plenária para aprovação das 22 propostas foi tomada pela emoção e pela mesma garra política demonstrada no momento interativo, com ampla participação de todos os GTs com muita comemoração a cada prioridade elegida. A deputada Manuela deu as boas vindas ao público falando da importância deste evento dizendo que: “-para que sejamos o futuro de um grande país, temos que ter os direitos diversos garantidos agora! (...)” no que se seguiu uma grande salva de palmas dos presentes. O relator explicou como seria o processo de eleição das prioridades, de 4500 propostas nos sete meses antes da conferência para 24 propostas, sendo que dessas 24, 18 seriam automaticamente aprovadas e as outras seis propostas que sobraram seriam votadas e dessas sairiam quatro, que totalizariam 22 prioridades.



A primeira ação foi “desempatar” duas propostas em número de votos, no quesito cidades, sendo que uma foi aprovada por ampla maioria dos votos. Logo após, e ele teve dificuldade para a leitura das 22 prioridades eleitas pelos delegados e delegadas, pois “teve de tudo”, manifestações de apoio ao presidente Lula, manifestações de repúdio a partidos de direita presentes, gritos ensandecidos de uma emoção que beirou as lágrimas e até mesmo uma quebra de protocolo com uma comemoração linda do GT jovens negros e negras, que conseguiram aprovar a sua proposta como a primeira prioridade dentre as 22 resoluções da conferência, uma vitória merecida para este povo que sempre esteve a margem da sociedade e sempre foi muito discriminado e que atuou de maneira impressionante em questão de mobilização.



Mas os momentos de emoção não pararam por aí, pois o momento mais emocionante da conferência com certeza absoluta foi à aprovação por unanimidade de votos da proposta do GT pessoas com deficiência, que não foi aprovado dentre as 18 propostas auto-aprovadas, sendo que esta nem precisou de defesa, pois as pessoas aos gritos de APROVADA, APROVADA conseguiram que ela passasse sem votação como 19º proposta, o que deixaram todos muito emocionados, principalmente os defensores da proposta. Também muito comemoradas foram as vitórias do GT jovens do campo que aprovaram também resoluções referentes às suas expectativas e desejos.


Uma manifestação impensável, irresponsável e até mesmo inaceitável foi à vaia à aprovação da proposta referente à educação e elevação da escolaridade, pois todos os processos políticos, sociais e todos os desenvolvimentos posteriores das pessoas e sua conseqüente relação com o mundo são baseados no que nossas crianças aprendem no ensino básico, portanto antes de qualquer iniciativa de fomento a qualquer desenvolvimento estudantil se deve pensar na educação básica, pois sem ela não haverá acesso a faculdade e ao ensino médio.



Confiram aqui quais foram as 22 propostas aprovadas como prioridades na primeira conferência nacional da juventude por políticas públicas.

1º Jovens negros e negras – 634 votos
Reconhecimento e aplicação pelo poder público, transformando em políticas públicas de juventude as resoluções do 1º encontro nacional de juventude negra (ENJUVE), priorizando as mesmas como diretrizes étnico-raciais de / para / com a juventude.

2º Educação básica – elevação da escolaridade – 547 votos
Destinar parte da verba da educação no ensino básico para o modelo integral e pedagógico do CIEP’s ( Centros In­tegrados de Educação Pública).
3º Fortalecimento institucional – 531 votos
Aprovação pelo Congresso Nacional do marco legal da juventude: regime de urgência da PEC n.º 138-B/2003, Plano Nacional de Juventude e Estatuto dos Direitos da Juventude PL 27/2007.

4º Meio ambiente – 521 votos
Criar uma política nacional de juventude e meio ambiente que inclua o “Programa Nacional de Juventude e Meio Ambiente”, institucionalizado em PPA (Plano Plurianual), com a participação dos jovens nos processos de construção, execução, avaliação e decisão, bem como da Agenda 21 da Juventude que fortaleça os movimentos juvenis no enfrentamento da grave crise ambiental global e planetária, com a construção de sociedades sustentáveis

5º Esporte – 520 votos
Ampliar e qualificar os programas e projetos de esporte, em todas as esferas públicas, enquanto políticas de Estado, tais como os programas Esporte e Lazer da Cidade, Bolsa Atleta e Segundo Tempo com núcleos nas escolas, universidades e comunidades, democratizando o acesso ao esporte e ao lazer a jovens, articulados com outros programas existentes.

6º Juventude do campo – 515 votos
Garantir o acesso à terra ao jovem e à jovem rural, na faixa etária de 16 a 32 anos, independente do estado civil, por meio da reforma agrária, priorizando este segmento nas metas do Programa de Reforma Agrária do Governo Federal, atendendo a sua diversidade de identidades sociais, e, em especial aos remanescentes de trabalho escravo. É fundamental a revisão dos índices de produtividade e o estabelecimento do limite da propriedade para 35 módulos fiscais.

7º trabalho – 471 votos
Reduzir a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais sem redução de salários, conforme campanha nacional unificada promovida pelas centrais sindicais.

8º educação superior 455 votos
Defendemos que a ampliação do investimento em educação é fator imprescindível para construirmos uma educação de qualidade para todos e todas e que consiga contribuir para o desenvolvimento do País. Para tanto, defendemos o investimento de 10% do PIB em educação. Para atingir este percentual reivindicamos o fim da desvinculação das receitas da união (DRU) e a derrubada dos vetos ao PNE (Plano Nacional de Educação). Reivindicamos que 14% dos recursos destinado as universidades federais seja destinado exclusivamente à assistência estudantil por meio da criação de uma rubrica específica. Defendemos também a ampliação dos recursos em assistência estudantil para estudantes do PROUNI e para estudantes de baixa renda de universidades privadas. Garantir a transparência e democracia na aplicação dos recursos.

9º Cultura – 453 votos
Criação, em todos os municípios, de espaços culturais públicos, descentralizados, com gestão compartilhada e financiamento direto do estado, que atendam às especificidades dos jovens e que tenham programação permanente e de qualidade. Os espaços, sejam eles construções novas, desapropriações de imóveis desocupados ou organizações da sociedade civil já estabelecidas, devem ter condições de abrigar as mais diversas manifestações artísticas e culturais, possibilitando o aprendizado, a fruição e a apresentação da produção cultural da juventude. Reconhecer e incentivar o hip hop como manifestação cultural e artística.

10º Política e participação – 428 votos
Criar o Sistema Nacional de Juventude, composto por Órgãos de Juventude (Secretarias/coordenadorias e outros) nas três esferas do Governo, com dotação orçamentária específica; Conselhos de Juventude eleitos democraticamente, com caráter deliberativo, com a garantia de recursos financeiros, físicos e humanos; Fundos Nacional, estaduais e municipais de Juventude, com acompanhamento e controle social, ficando condicionado o repasse de verbas federais de programas de projetos de juventude à adesão dos estados e municípios a esse Sistema.

11º Jovens mulheres – 378 votos
Implementar políticas públicas de promoção dos direitos sexuais e direitos reprodutivos das jovens mulheres, garantindo mecanismos que evitem mortes maternas, aplicando a lei de planejamento familiar, garantindo o acesso a métodos contraceptivos e a legalização do aborto.

12º Segurança – 365 votos
Contra a redução da maioridade penal, pela aplicação efetiva do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA

13º Política e participação – 360
Garantir uma ampla reforma política que, além do financiamento público de campanha, assegure a participação massiva da Juventude nos partidos políticos, com garantia de cota mínima de 15% para jovens de 18 a 29 anos nas coligações, com respeito ao recorte étnico-racial e garantindo a paridade de gênero; Mudança na faixa-etária da elegibilidade garantindo como idade mínima de 18 anos para vereador, prefeito, deputados estaduais, distritais e federais e 27 anos para senador, governador e presidente da República.

14º Outros temas – 336 votos
Fim da obrigatoriedade do serviço militar, e criação de programas alternativos de serviços sociais não obrigatórios.

15º Fortalecimento institucional – 313 votos
Criar o Sistema Nacional de Políticas Públicas de Juventude que confira status de Ministério à Secretaria Nacional de Juventude, exigindo que a adesão de estados e municípios seja condicionada à existência de órgão gestor específico e respectivo conselho de juventude. A partir de dezembro de 2009, os recursos do Fundo Nacional de Juventude, do ProJovem e demais programas de juventude, apenas continuarão a ser repassados aos estados e municípios que aderirem ao Sistema.


16º Povos e comunidades tradicionais – 303 votos
Assegurar os direitos dos povos e comunidades tradicionais (quilombolas, indígenas, ciganos, comunidades de terreiros, pescadores artesanais, caiçaras, faxinalenses, pomeranos, pantaneiros, quebradeiras de coco babaçu, caboclos, mestiços, agroextrativistas, seringueiros, fundos de pasto, dentre outros que buscam ser reconhecidos), em especial da juventude, preservando suas culturas, línguas e costumes, combatendo todas as práticas exploratórias e discriminatórias quanto a seus territórios, integrantes, saberes, práticas culturais e religiosas tradicionais.

17º Cultura – 283 votos
Estabelecimento de políticas públicas culturais permanentes direcionadas à juventude, tendo ética, estética e economia como pilares, em gestão compartilhada com a sociedade civil, a exemplo dos Pontos de Cultura, que possibilitem o acesso a recursos de maneira desburocratizada, levando em consideração a diversidade cultural de cada região e o diálogo intergeracional. Criação de um mecanismo específico de apoio e incentivo financeiro aos jovens (bolsas) para formação e capacitação como artistas, animadores e agentes culturais multiplicadores.

18º cidadania GLBTT – 280 votos
Incentivar e garantir a SENASP/MJ a incluir em todas as esferas dos cursos de formação dos operadores/as de segurança pública e privada em nível nacional, estadual e municipal no atendimento e abordagem e no aprendizado ao respeito à livre orientação afetivo-sexual e de identidade de gênero com ampliação do DECRADI – Delegacia de Crimes Raciais e Intolerância.

19º Jovens com deficiência – 239
Ratificação imediata da Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência da ONU como emenda constitucional.

20º Jovem do campo – 274
Garantia de políticas públicas integradas que promovam a geração de trabalho e renda para o jovem e a jovem do campo, com participação da juventude na sua elaboração e gestão. Assegurando o acesso a terra, à capacitação e ao desenvolvimento de tecnologia sustentável apropriada à agricultura familiar e camponesa voltada para a mudança de matriz tecnológica. Transformar o Pronaf Jovem em uma linha de crédito para produção agrícola e não agrícola.

21º segurança – 277 votos
Assegurar, no âmbito das Políticas Públicas de Segurança, prioridade às ações de prevenção, promoção da cidadania e controle social, reforçando a pratica do policiamento comunitário, priorizando áreas com altas taxas de violência, promovendo a melhoria da infra-estrutura local, adequadas condições de trabalho policial, remuneração digna e a formação nas áreas de Direitos Humanos e Mediação de Conflitos, conforme as diretrizes apontadas pelo PRONASCI.

22º Cultura – 247 votos
Estabelecimento de cotas de exibição e programação de 50% para a produção cultural Brasileira, sendo 15% produção independente e 20% produção regional em todos os meios de comunicação (TV aberta e paga, rádios e cinemas). Valorização dos artistas locais garantindo a preferência nas apresentações e prioridade no pagamento. Entender os cineclubes como espaços privilegiados de democratização do áudio visual.

Mesmo com todas as polêmicas, brigas, reclamações e afins, a conferência nacional da juventude se encaminha para o final com um enorme saldo positivo no que tange as propostas de políticas públicas para a juventude. Estamos com essa conferência provando para o Brasil que a juventude é muito mais do que o estereótipo violento e marginalizado que a grande mídia propaga e que podemos, com união, sangue, força e luta promover discussões, resoluções e participar ativamente na construção de um país mais justo, equilibrado e sem discriminação. Agora a nossa parte como brasileiros é fazer com que essas propostas saiam do papel e tornem-se realidade para melhorar a vida de todos nós.



Como sempre, CONTAMOS COM VOCÊS!

Marcelo Santos

Karen Krsna

A Plenária: Aplausos e repúdio

Aplausos e repúdio

Karen Krsna e Marcelo Santos
29/04/2008

E a plenária começa! Dá-se início à corrida pela priorização das questões e temáticas e se espera que o final reflita os anseios da maioria das minorias. A meta é eleger 21 propostas, a serem consideradas prioritárias pelos poderes públicos quando o assunto for juventude. Isso mesmo: com a realização da 1ª Conferência Nacional de Juventude, os relatos reforçam que foi conquistado um olhar central sobre as questões da juventude brasileira e que a partir de agora as outras temáticas estão mobilizadas a se relacionarem com esta de maneira transversal.
Mas vamos passo por passo. A metodologia sugerida (e seguida) inicia as atividades com o relato dos grupos de trabalho. Cada relator tem 3 minutos para situar os delegados nas discussões que culminaram nas 6 propostas definidas por cada um (4 do tema específico e 2 de temas gerais).

Mas, para tudo! Como assim? Está tudo parado! Às 9h30 alguns delegados, que não preenchem nem 20% da plenária estão sentados, assistindo a clipes de músicas no telão (muito legais, Zeca Baleiro, Paralamas do Sucesso) e esperando... O início das atividades depende da finalização da reunião do Conselho Nacional de Juventude. Como assim? Toda a Conferência foi organizada por um excelentíssimo cerimonial que ajudou a criar um clima de congresso profissional. A espera pelos componentes da mesa de abertura da plenária – o presidente e a vice-presidente do CONJUVE, respectivamente, Sr. Danilo Moreira e Sra. Maria Virgínia Freitas – foi embalada por propaganda de eventos: o mestre de cerimônias ressaltou que a organização da conferência garantiu estrutura e condições de acesso a pessoas com deficiência, através de textos escritos em braile, tradutores das falas para linguagem de libras e o acesso para cadeirantes. O problema é: a essa informação deve ser dada a ênfase do “direito garantido” e não do “diferencial de mercado”. Sacou?


Gritos entalados foram soltos: uma delegada foi até a frente da mesa de cerimônias para arrumar a bandeira do GLBTT que estava dobrada. Prontamente o mestre de cerimônias se aproxima do microfone e alerta à plenária que, se essa aproximação à mesa fosse feita na presença dos seguranças do presidente Lula, provavelmente a sua vinda à conferência seria cancelada. Um ato de vandalismo? Ele foi vaiado e ali se fez presente um clima de insatisfação. Dada a largada, o clima começou a esquentar...
Aplausos

Direito à voz merece discurso! Quebrando protocolos do cerimonial da Conferência, alguns relatos foram bradados, emocionaram a plenária e se alongaram no tempo. Essas aclamações apontam para as propostas que têm provável lugar garantido na cota de 21 prioridades.
10 GTs indicaram a aprovação urgente da PEC da Juventude. Destaque para o GT de Fortalecimento Institucional da Política Nacional de Juventude, que também propõe a aprovação imediata pelo Congresso Nacional do Plano Nacional de Juventude e do Estatuto dos Direitos da Juventude PL 27/2007. Todos esses documentos compõem o marco legal da juventude, um complementa o outro e precisam ser vistos integralmente.

Não à redução da maioridade penal! Aclamação geral, com direito a fala de concordância do Presidente do CONJUVE. 9 GTs contemplaram essa questão. O GT de segurança complementou o tema, retomando a discussão do desarmamento, indicando que a juventude acompanhe a Campanha prevista para 2008. Com muita ênfase, que mereceu aclamação da plenária, levantou uma bandeira contra a marginalização da juventude das periferias.

Vale reproduzir trecho da quarta proposta do GT de Política e Participação. Essa recebeu muitos aplausos e foi definida, pela própria relatora, como uma proposta ultra-revolucionária. Propõe “mudança na faixa etária de elegibilidade garantindo como idade mínima de 18 anos para vereador, prefeito, deputados estaduais, distritais e federais e 27 anos para senador, governador e presidente da República”.

“Livre orientação sexual. Liberdade não faz mal”. O GT de Cidadania e GLBTT ressaltou a homofobia sofrida pela juventude. Clama pela liberdade de orientação sexual e criminalização da homofobia. As propostas desse grupo complementam as do GT de Sexualidade e Saúde que puxou a bandeira pelo tratamento da legalização do aborto como questão de saúde pública.

O GT Jovens Negros e Negras também destacou como principal luta das mulheres negras a legalização do aborto garantindo o direito da mulher sobre seu corpo. Comentou a dificuldade do grupo em resumir 408 anos de preconceito e infração de direitos humanos sobre os negros e negras em 6 propostas. E nas prioridades, bradou com muita beleza e força pela aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, que também foi bandeira levantada pelo relator do GT Povos e Comunidades Tradicionais.

Os jovens querem trabalhar! Aplaudiram a proposta do GT Trabalho de redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem implicar em redução de salários. Uma pauta importante do grupo também foi a garantia de assistência estudantil e do passe livre para os estudantes.

Educação não ficou de fora. A realização de 4 GTs na área reflete a importância do tema. É consenso! Foram muitas propostas relacionadas ao ensino superior, educação profissional e tecnológica e educação básica. Mais aplausos foram para o ensino médio, que teve muita coerência nas propostas. No destaque: regionalização dos materiais didáticos para contemplar a realidade de cada local, cada povo; acesso à escola, especialmente para jovens do campo que ainda dependem do pau-de-arara; expansão e qualificação do ensino público.
Repúdio!

À orientação dos facilitadores do GT de Drogas que, segundo relator, não conseguiu organizar as discussões. Os delegados tiveram que se preocupar com a gestão dos processos o que prejudicou o debate. Mas as propostas saíram e falaram de programas de incentivo ao esporte, lazer e cultura promovendo integração entre família, jovens, escolas e comunidades; criação de centros de tratamento acessíveis; maior controle em relação à entrada de drogas, armas e outros produtos ilegais no país.

À desorganização da Conferência, como nomeou o relator do GT de Povos e Comunidades Tradicionais. Afirma que ele foi um dos únicos delegados representantes dos povos que conseguiu chegar a Brasília, pois os outros foram “cortados”. Além disso, pede mais atenção às especificidades dos povos tradicionais, que os próximos encontros não façam um único GT, pois, as questões de cada povo nem sempre se encontram e é difícil priorizar quando se trata de diferentes realidades que pedem soluções contextualizadas. Principalmente, quando se trata da juventude. “Somos iguais, mas somos diferentes”, ressalta.

Ao uso do termo “portadores de deficiência”. A relatora deste GT indica que os próprios, movimentos e organizações que trabalham diretamente com eles não utilizam esse termo, pois eles não carregam uma deficiência da qual podem se livrar. São pessoas com deficiência e assim querem ser chamados e respeitados. Em sua fala diz com firmeza “Muitos de vocês com certeza nunca ter visto tantos cadeirantes, pessoas com deficiência mental e outras, juntos. Nós somos jovens e só queremos participar da vida como todos vocês!

E a comunicação?

A pauta da comunicação teve sua parcela de representatividade dentro da conferencia com um GT específico para tratar de propostas de políticas públicas voltadas para este campo e em conjunto com a inclusão digital. As principais, assim como em todas as outras propostas, ficaram por conta da universalização do acesso a produção e veiculação de comunicação, a formação de professores e mediadores jovens para produção de projetos de comunicação e inclusão digital, a administração de tais projetos pelos próprios jovens, a reinvidicação por espaço na grade televisiva, além de ações para reconhecer e ampliar as concessões para rádios comunitárias, desburocratizando o sistema de concessão de transmissão de sinal radiofônico com um órgão de fiscalização próprio. Por último, mas não menos importante, fortalecer os sistemas públicos de comunicação estadual e federal onde já existam a criar nas demais localidades com a mobilização da juventude para criar uma programação voltada aos interesses da juventude e a participação do jovem da elaboração dessa programação.

Mas não apenas o GT de comunicação exaltou a importância da mesma, pois outros GTs também manifestaram propostas de políticas de comunicação, principalmente no que tange ao acesso universal as ferramentas de produção e a veiculação de programações que sejam condizentes com sua realidade. Foi o caso do GT do campo que dentre outras elaborou propostas no sentido de implementar infra-estrutura para a inclusão digital no campo e democratizar o acesso aos recursos e instrumentos de produção cultural.

Já o pessoal do GT de jovens portadores de deficiência frisou o uso da comunicação para incluir o deficiente no ciclo de informações sobre direitos e especificidades dos portadores de deficiência, desmistificando estigmas e garantindo o direito de expressão comunicativa e maior participação desses jovens na mídia, como forma de combater a discriminação.

O pessoal do GT Cidadania GLBTT reivindica por sua vez a veiculação de material na mídia com adolescentes GLBTT sobre AIDS. O GT de tempo livre e lazer fez reivindicações semelhantes as do GT do campo, no que tange ao acesso as ferramentas tecnológicas para o desenvolvimento local a partir da criação de centros públicos e gratuitos e o GT de cultura reivindica uma cota de transmissão de produções culturais brasileiras, sendo 15% de veiculações independentes e 20% de programação regional em todos os meios de comunicação de todas as esferas.

Como se pode perceber, a juventude está muito ligada a questão do acesso as ferramentas de comunicação como um todo e desejo acima de tudo que sejam fornecidas condições e políticas públicas que atendam as demandas de crescimento e desenvolvimento local.

Juventude do campo quebra mais protocolos.

O relato do GT de Juventude do Campo foi dos mais emocionantes. A relatora dá continuidade aos repúdios e registra que o material distribuído nas mochilas para os delegados, que reúne as discussões e propostas feitas nas conferências livres, municipais e estaduais, não trás as questões relacionadas ao campo. Além disso, o GT Juventude do Campo precisou ser conquistado aqui mesmo, na Conferência, pois não estava previsto.

Para justificar a importância desse recorte temático da juventude, provoca uma reflexão: “Enquanto as capitais discutem inclusão digital, nós, do campo, lutamos pela instalação de redes elétricas em nossa cidade”. Com isso, ela garantiu ao longo da sua fala, com aclamação da platéia, o tempo necessário para expor cada proposta e explicá-las. Também pediu licença para o fato do GT ter feito 6 propostas direcionadas ao campo e não ter tido tempo de sugerir questões gerais. Mas, ao mesmo tempo, as propostas giram em torno de diversos temas transversais: educação do campo; trabalho e renda; cultura, esporte, lazer e comunicação; saúde; meio ambiente. Como esperado, além desses, a questão o acesso à terra e reforma agrária foi trazida como a principal bandeira e provocou grito de guerra dos jovens delegados representantes do campo.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

O grupo de trabalho sobre drogas e sua importante, porém difícil tarefa de elaborar políticas públicas.

Neste primeiro dia de trabalhos após as exitosas apresentações e aberturas da 1º conferência nacional de juventude por políticas públicas, começam os trabalhos específicos nos chamados grupos de trabalho, que são divididos por temáticas e afinidades, com representantes de estados que tiveram etapas municipais e estaduais de conferência. O grupo sobre drogas tem como missão aprovar as resoluções que foram votadas nas etapas municipais e estaduais e eleger as prioridades dentro dessas propostas, para que sejam apresentadas dentro de uma plenária maior que será realizada no fim da tarde de hoje, dia 28/04/2008.


A mesa de facilitadores contou com a Amanda Águia Ayres, representando o Ministério da Juventude, com a Amanda Rezende, que representa o escritório latino-americano de combate às drogas e a criminalidade, da organização das nações unidas (ONU) e com o Telmo Rosane que, por sua vez representa a Secretaria Nacional de Combate as Drogas (SENAD).


Membros da mesa do grupo de trabalho sobre drogas na conferência nacional da juventude


O início do grupo de trabalho se deu com a Amanda da Secretaria Nacional da Juventude fazendo uma abertura dos trabalhos, além de fazer a leitura do caderno de propostas referentes a drogas, que conta com os eixos principais em:


necessário nos atermos às questões realmente de juventude, pois em muitas das conferências estaduais e municipais isso não ocorreu.” A Amanda Rezende falou sobre os eixos norteadores dentro do processo de resgate e assistência para pessoas em situação de uso de drogas e da prevenção, que são segundo ela “a redução de danos, como forma de neutralizar o preconceito, a família e o trabalho, como ferramenta de prevenção, informação e trabalho, projetos de vida, para dar um horizonte e uma perspectiva para jovens de todas as idades, além do trabalho de instrumentalizar o acesso a voz de grupos em situação de cumprimento de medida sócio-educativa.”



Logo após, seguiu-se um acalorado debate em torno das políticas públicas sobre drogas, com a participação dos delegados de vários estados. Os mesmos elencaram e relataram experiência exitosas, além de fazerem diversas propostas para serem discutidas pelo grupo, com muitas perguntas pertinentes para os membros da mesa, que as respondiam de acordo com o que era perguntado.

debate entre delegados do grupo de trabalho sobre drogas na conferência nacional da juventude


Já no período da tarde, reservado para a discussão das propostas, apresentação e votação das prioridades o que predominou foi à polêmica e a desorganização por parte das organizadoras e facilitadoras, principalmente quando uma das propostas (a de descriminalização do uso de drogas e seu conseqüente tratamento como política pública de saúde) foi apresentada, o que gerou uma controvérsia poucas vezes vista dentro de todo o dia no evento, com ânimos alterados e o controle da situação por pouco não foi completamente perdido, pois cada um falava o que queria e tinha espaço para isso.


Depois de toda essa polêmica ainda predominaram muitas outras durante os trabalhos, pois os grupos que foram separados para escolher as prioridades para serem votadas não conseguiram terminar no tempo previsto, o que obrigou a organização a elaborar todas as redações das propostas, o que levou muito tempo e tirou a concentração dos participantes. Findas as propostas e suas respectivas redações, a nova polêmica foi na hora da votação das aprovadas anteriormente (sim, tivemos duas votações das mesmas propostas, uma para a redação e outra para aprovação!) sendo que, dentre as 11 propostas elaboradas ficaram apenas seis para serem apresentadas na plenária final da quarta, dia 30/04 as quais foram:


- Promover Integração entre a família, o (a) jovem, a escola e a comunidade através de programas de incentivo ao esporte, lazer e cultura articulado com ONGs, órgãos de saúde e segurança utilizando estes espaços para discussão sobre drogas como forma de prevenção e redução do uso indiscriminado de álcool, tabaco e outras substancias psicoativas.


- Garantir a criação, expansão e fortalecimento de centros permanentes especializados em tratamento para dependentes químicos e pessoas vivendo com HIV/AIDS, voltados ao atendimento de crianças, adolescentes e jovens de forma gratuita com qualidade, incluindo atividades lúdicas sendo essas atividades orientadas por jovens qualificados e capacitados


- Garantir acolhimento, assistência e acompanhamento psicológico, familiar e social do jovem em conflito com a lei, usuário de substancias psicoativas, incentivando a reinserção social e orientação vocacional, visando o desenvolvimento da auto-estima e da reintegração do jovem de forma digna.


- Reconhecer a extensão fronteiriça do Brasil, propondo maior controle no que se refere à entrada de drogas, armas e outros produtos ilegais garantindo aos profissionais de segurança, capacitação e equipamentos adequados para controle das fronteiras.


E as duas propostas de temas gerais foram:


- Criação do Fundo Nacional de Juventude com eqüidade na distribuição dos recursos para Políticas Públicas de Juventude.


- Que o imposto ISQN (Imposto sobre qualquer natureza) cobrado de profissionais liberais seja reduzido ou não-cobrado do profissional que admitir em suas empresas jovens que estão em medida sócio-educativa.


As decisões do grupo de trabalho sobre drogas foram das mais difíceis nessa luta por políticas públicas para a juventude, mas algo que deve ser trabalhado entre cada um dos delegados presentes é a questão do preconceito e do falso-moralismo, muito presentes durante toda a reunião e, principalmente quando as propostas mais polêmicas foram apresentadas.




Marcelo Santos

JUVENTUDE FAZENDO HISTÓRIA!!!

27 de Abril de 2008, o ciclo de dias históricos iniciados ontem atinge o seu clímax, pois o período de 27 a 30 de abril marca o início e o fim das atividades da 1º Conferência Nacional da Juventude. Dentro desse processo político democrático histórico se elaborou, discutiu, votou e aprovou inúmeras propostas de políticas públicas para a tão esquecida juventude brasileira!

Este evento é de tal magnitude que todo o Brasil compareceu em peso, na forma de delegados eleitos nas conferências municipal e estadual, convidados e equipe de apoio, além da equipe de imprensa e cobertura jovem, dos grupos de trabalhos temáticos representados por entidades das organizações civis organizadas, que também contam com vários stands espalhados pelo espaço da conferência e, também com o poder público, que está sendo representado pelo legislativo, judiciário e executivo, além de stands dos ministérios.

Toda esta galera reunida está aqui em Brasília para ser e fazer história, pois é o primeiro momento em que políticas públicas são discutidas para a parcela da população que tem entre 15 e 29 anos, além de que pela primeira vez é também dada a oportunidade de que o jovem se expresse enquanto sujeito de direitos e não como sujeito marginalizado e excluído da sociedade, na visão preconceituosa e estereotipada veiculada atualmente.

Chegou o dia meu povo! É dia de ser e de fazer história! Venha participar deste movimento nacional em prol da juventude, seja através da participação em movimentos pró-juventude, no fortalecimento de ações de cunho de rede de contatos e social, além de se informar sobre os processos e transmitir as informações para o maior número de pessoas possível, para que juntos possamos construir uma nova realidade para a nossa juventude. Contamos com você.

Para mais informações:
www.juventude.gov.br
www.levantesuabandeira.com.br
www.revistaviracao.org.br/juventude

e muito mais...^^

salvE!


DEMOCORE! (AÊi)






PS: E não é que descobri hoje que perdi a festa do ano...agora imaginem minha curiosidade de saber o porque...
sem fotinhos especiais hoje...^^

sábado, 26 de abril de 2008

TRABALHO

Jovens fazem à cobertura do encontro nacional dos comunicadores e comunicadoras



No dia 26 de Abril de 2008, mais precisamente a partir das 14:00 deu-se início a um evento histórico e de proporções nunca antes vistas. Trata-se do início das preparações de um novo tempo para os jovens no Brasil.



Mas porque de um novo tempo?



Essa preparação visa dar uma nova visão do e ao jovem Brasileiro, fora a já estereotipada alienação e falta de perspectiva que as grandes oligarquias de comunicação insistem em veicular. Esta preparação, por assim dizer será feita pelos jovens atuantes em diversas áreas e em diversos estados do Brasil através da 1˚ conferência nacional da juventude (por políticas públicas) e pelo encontro nacional de jovens comunicadores e comunicadoras, articulado pelo Projeto/ Revista Viração em parceria com a ONG Catavento Educação e Comunicação, Ciranda - Central de Notícias dos Direitos da Infância, a Fundação Friedrich Ebert e a Fundação Athos Bulcão, no centro de convenções Israel Pinheiro, em Brasília – DF, que reuniu na data de hoje cerca de 40 instituições e redes de diversas partes do Brasil, todas com uma semelhança: a participação de jovens ativamente em seus projetos e estruturas organizacionais




Panorama dos participantes do 1º encontro nacional de jovens comunicadores e comunicadoras em Brasília – DF.



A principal pauta de discussão do encontro foi para discutir a mobilização de jovens a respeito da media, de suas influências, seus impactos e, principalmente, de seus mecanismos de atuação social.



Com o objetivo de tornar o ambiente mais descontraído e dinâmico, primeiramente se realizaram uma série de dinâmicas regionais com o objetivo de aquecimento e integração logo após, optou-se por realizar a primeira parte do encontro em forma de um programa de rádio, o que foi muito positivo e serviu para “quebrar o gelo”, já que todos ficaram a vontade para participar e expor os seus projetos e trabalhos, principalmente ligados à promoção do acesso aos meios de comunicação dentro de diversas temáticas, sendo as principais a construção de uma identidade popular, a luta pela igualdade social e de gênero através de movimentos feministas e de promoção do direito ao planejamento familiar, da promoção da cultura de não-violência e da sexualidade consciente, da promoção da cultura de rua através do movimento hip-hop, a produção de fanzines e jornais populares e informativos de distribuição popular, a produção e veiculação de conteúdo mediático via programas de TV, documentários e programas de rádio, além de contar com a presença da revista viração e do CONJUVE fazendo a mediação do encontro, além de trazerem muitas informações institucionais e governamentais que foram de importante relevância para as discussões que se seguiram.





Danuza, do Virajovem - DF em programa “Cobertura Jovem” no encontro nacional de jovens comunicadores e comunicadoras e Brasília - DF






Depois da confraternização e do programa de rádio, deu-se início a segunda parte do encontro, que foi a análise das conjunturas, que contou com a participação da Carol Ribeiro, do instituto intervozes, que fez considerações importantes sobre a criação da TV pública (TV Brasil) e com críticas contundentes sobre o modelo de gestão implementado pelo atual governo para a mesma.



Esta análise das conjecturas foi marcada pela participação ativa dos jovens presentes com perguntas, sugestões e reclamações diversas sobre a comunicação em si no Brasil, o acesso a ela, a crítica aos grandes conglomerados oligárquicos de comunicação e radiodifusão e ao apelo de diversas frentes para a promoção não apenas para o acesso, mas também para a divulgação e apoio, tanto financeiro na forma de incentivos, como institucional na forma de políticas de garantia de divulgação nos meios de comunicação e nas novas tecnologias de informação integralmente, além do desejo pelo fim da corrupção e pelo uso eficiente das ferramentas tecnológicas provenientes de qualquer sistema, sendo que os pontos de maior destaque da referida análise foram:



- Criação e utilização dos jovens na TV pública;


- Concessões de rádio e TV;


- Campanhas de mobilização para a criação de comitês públicos de monitoramento de programação;


- Procurar o direito de resposta quando os direitos fundamentais do homem / mulher forem violados ou negados através da veiculação de media;


- Mudar a legislação para que as condições de acesso e produção de radiodifusão sejam mais facilitadas;


- A questão das rádios comunitárias


- O fato de não existir nenhuma política pública para o fomento a produção de radiodifusão comunitária no Brasil atualmente;


- A relação de forças entre os oligopólios de comunicação x governos x sociedade civil


- A dificuldade de se colocar em pauta o processo da conferência nacional de comunicação;


- A questão do software livre e a livre produção de sistemas de uso compartilhado;


Carol Ribeiro, do intervozes – SP, em conjuntura no encontro nacional de jovens comunicadores e comunicadoras em Brasília - DF


A parte final do encontro ficou a cargo de uma entrevista com o coordenador da etapa nacional da conferência nacional da juventude, o Zé Eduardo, que respondeu as perguntas dos jovens de maneira clara e objetiva (pecando apenas por não explicar o que exatamente significa “biopsicossocial”).



Zé Eduardo, do CONJUVE-DF sendo entrevistado no encontro nacional de jovens comunicadores e comunicadoras em Brasília - DF







Ainda há mais trabalhos do grupo formado pelos comunicadores e comunicadoras jovens que participaram do evento de hoje, mas em questão da viagem muito cansativa (alguns viajaram 37 horas para estar aqui!) os trabalhos de escolha dos grupos de trabalho e de elaboração das propostas para a conferência nacional ficaram adiados para amanhã a partir das 08h00min da manhã.



Gostaria de salientar a todos à importância de se informar sobre os movimentos de juventude de seu bairro, cidade, estado para que juntos possamos, efetivamente construir políticas públicas que sejam viáveis e aplicáveis dentro do cenário político nacional atual, além de claro cobrar sempre o cumprimento das mesmas em todas as esferas possíveis, seja ela política, jurídica, social ou educacional.



Lembremos que na política é o ato de participação que garante as melhores condições que todos almejamos, seja para o jovem, para a criança ou para qualquer outro setor da nossa sociedade. Nós aqui estamos lutando para que você tenha a chance de fazer a sua parte, portanto não desperdice a sua chance!






Marcelo Santos, participante dos grupos TransformAÇÃO, biblioteca viva e fanzine Catraca, (mas pode me chamar me MÁMA...^^), faço parte da casa dos meninos I e estou fazendo a cobertura jovem da conferência nacional da juventude pelo CENPEC em parceria com a revista Viração.










O Primeiro dia

Bom, cheguei as 10:00 da matina na rodoferroviária aqui na Asa Sul em Brasíla e fui recepcionado por um sol escaldante...bem típico do serrado, logo me dirigi para a entrada da rodoviária e percebi que em Brasília ainda tem juizado de menores (prometo que posto a foto aqui pra comprovação)...quando me encontrei com o pessoal da Viração e da ação educativa e fomos recolhendo o povo que ia chegando, como a Camila (minha flor de pernambuco) e a Ana Vera (que não gosta que a chamemos assim, mas a chamamos assim mesmo...^^) quando a nossa querida "loira, alta" Danuze nos recebeu na perua do motorista que tem o nome engraçado e que não lembro agora...e fizemos um rápido tour pela capital da nação, com explicações dignas de Ernest em guia turístico, nosso amigo Massao falou sobre os monumentos desse lugar doido....o mais legal foi ver o monumento do JK...^^


quando chegamos, bom....primeiro problema, onde estará meu companheiro de quarto? (com a chave do mesmo!!!) após alguns perrengues e guardar a mala em outro quarto peguei a chave e adentrei no recinto que seria meu dormitório por hoje e amanhã cedo, e eis que o segundo problema, cadê a energia elétrica (e eu que já tava com meu psp e meu cel descarregados a horas, sentia que estava sem uma parte de mim...^^) e até eu descobrir que pra "ativar" a energia tinha que colocar o chaveiro num "buraquinho" foram mais duas horas...


depois veio o almoço, aliás....QUE ALMOÇO....deliciosa a comida e comi um doce estranho com nome esquisito que é uma delícia


e eis que finalmente começa o encontro com os jovens comunicadores e comunicadoras....que dia magnífico, que pessoas maravilhosas, uma grande experiência foi adquirida e uma nova esperança foi brotada, por assim dizer.


O dia de hoje foi magnífico, posso dizer que com toda a correria amanhã vai ser ainda melhor.


DEMOCORE (aÊI)



Ps: Aqui vai a foto da Silvinha, aqui do Virajovem de DF, que pessoa linda, e vai me apresentar uma loja de camisetas bizarras...^^

sexta-feira, 25 de abril de 2008

®ЏшӨ Ǻ βгa$׀ﭑα





opa!






Sexta-feira, dia 25-04-2008...






Aqui novamente estou eu com uma promessa...a de refazer e de postar regularmente nesse meu espaço ultimamente tão esquecido....






é que hoje estou indo para Brasília [óóóóóóóó sim...o nosso amado distrito federal] fazer a cobertura jovem da 1º conferência nacional da juventude [por políticas públicas], uma iniciativa do governo federal, ou seja, estaremos fazendo história lá...afinal quando é que nosso governo nos deu voz?






vou publicar as notícias em dois blogs...



o http://www.viracao.org.br/ que é o do Projeto/ Revista Viração em parceria com a ONG Catavento Educação e Comunicação, Ciranda - Agência de Notícias pelos Direitos da Infância, a Fundação Friedrich Ebert e a Fundação Athos Bulcão e com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). [recomendo que visitem pois é muito legal]



e o http://www.educacaoeparticipacao.org.br/ que é o blog criado pelo CENPEC para que possamos alimentar muito mais pessoas sobre a conferência...




Vamos lá..acessem e usem as informações para elaborar muitas coisas para podermos juntos criar uma melhor condição de acesso a políticas públicas para a nossa juventude...




Conto com a colaboração de todos...




um grande salvE!




DEMOCORE [aêi]














primeiras notícias

notícias fresquinha recebida por E-mail...estou publicando antes de embarcar....

PARTICIPEM...^^

DEMOCORE [aêi]



Jovens promovem cobertura em tempo real da Conferência Nacional de Juventude

A 1ª Conferência Nacional de Juventude, que acontece de 27 a 30 de abril, em Brasília, contará com a participação especial de cerca de 50 jovens e adolescentes representantes de 30 organizações juvenis e 13 Estados. Eles formam um grupo que pretende produzir notícias no formato de texto, imagens, áudio e vídeo para alimentar uma rede de publicações e sites de notícias de todo o Brasil.
A cobertura feita por esses jovens repórteres comunitários é promovida pelo Projeto/ Revista Viração em parceria com a ONG Catavento Educação e Comunicação, Ciranda - Agência de Notícias pelos Direitos da Infância, a Fundação Friedrich Ebert e a Fundação Athos Bulcão e com o apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Os 50 jovens desenvolvem projetos de comunicação e educação em suas comunidades, escolas e centros culturais e também participam de redes juvenis em nível nacional.
Um dia antes do evento, o grupo estará reunido em Brasília para debater e propor políticas públicas na área de comunicação, partilhar experiências e planejar os trabalhos para a cobertura.
Uma pauta que vem sendo construída há semanas é uma entrevista coletiva especial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ainda a ser confirmada.
Todo o conteúdo produzido estará disponível no site criado especialmente para a iniciativa:
www.revistaviracao.org.br/juventude e nos sites das entidades que enviaram seus representantes e cobriram do próprio caixa as despesas de transporte até Brasília.

O quê: Cobertura jovem da 1ª Conferência Nacional da Juventude
Quando: de 27 a 30 de abril
Onde: Brasília (DF)

Contatos:
Paulo Lima: (11) 9946-6073
Ionara Silva: (61) 9815-2087
Fernanda Papa: (11) 8149-2489