segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Carta de desligamento do projeto Fanzine Catraca: Pede passagem!



Carta de desligamento do projeto Fanzine Catraca: Pede passagem.



Eu, Marcelo da Cruz Santos, portador do RG: **.***.***-*, devidamente identificado, venho por meio desta informar o meu desligamento do grupo Passagem para o conhecimento, cujo projeto subsidiado pelo programa VAI esse ano é o fanzine Catraca: Pede passagem.



O motivo pelo qual eu tomei essa decisão vem de longa data. Conforme conversamos na primeira prestação de contas, tivemos muitos problemas com a confecção e distribuição dos fanzines, primeiro por falta de planejamento por parte da divulgação [Cássio e Eduardo], falha minha em cobrar mais empenho dos mesmos na realização das tarefas. Contudo, a primeira tiragem do fanzine nós conseguimos [a muito custo e esforço] imprimir 90%, pois ainda não imprimimos mais ou menos umas 500 cópias. Tivemos problemas com a impressora que ficou muito tempo na manutenção, pois a mesma não agüentou o fluxo de trabalho grande a que foi submetida [embora na hora da compra, deixamos CLARO para a vendedora da forma como usaríamos a mesma]. Mas esses problemas, como eu mesmo disse na ocasião da prestação, estavam sendo resolvidos e de fato estavam. O motivo do meu desligamento do projeto não é esse, e sim outro bem mais grave a meu ver.


Inicialmente me deixe explicar uma pequena situação:


O projeto do fanzine é MEU! E só meu! Pra começo de conversa, afinal fui eu o idealizador, fui eu quem o escrevi, fui eu quem passou noites acordado fazendo planejamentos e planos, fui eu que sonhei que esse projeto poderia dar certo. Esse grupo [atual] foi criado excepcionalmente por conta deste edital, embora os membros do grupo mais antigos ainda participem [prova é a colaboração deles nas edições do fanzine]. Você deve estar se perguntando, ora, se foi ele quem fez tudo, porque colocou outra pessoa como proponente? O motivo é que sou funcionário da pasta da educação municipal e de acordo com o edital, através do regimento dos funcionários públicos do município de São Paulo, eu não poderia participar de uma seleção de subsídio da prefeitura como proponente de projeto [como se um funcionário público não quisesse transformar a realidade onde vive através de um projeto! Isso é um retrocesso!!!!]. Como o Cássio, que é o atual proponente do projeto, tinha participado de uma formação em fanzines em 2007, na época em que fazíamos o Programa Jovens Urbanos [de onde originalmente saiu o projeto], achei que ele seria uma boa escolha para ser o proponente do projeto. Chamei também meu primo, o Eduardo, que sempre se mostrara uma pessoa interessada em fazer algum trabalho alternativo para a comunidade, além do Felipe e da Vanderlânia, que também se mostraram interessados em colaborar, embora de forma indireta no Catraca. Na verdade, não poderia ter feito erro maior na vida. O Cássio durante o projeto se demonstrou na prática um verdadeiro MERCENÁRIO, assim como o Eduardo. E digo mercenário na real concepção da palavra, pois os mesmos apenas faziam as suas obrigações [as mesmas que ELES PRÓPRIOS se compromissaram a fazer] quando eram extremamente pressionados por mim, ou quando estávamos perto do dia 15 [o dia do pagamento da bolsa auxílio]. Eles entraram no projeto como DIVULGADORES E DISTRIBUIDORES, ou seja, eles deveriam fazer o serviço de divulgação, captação de matérias e contatos para o Catraca, além de distribuir as cópias quando as mesmas fossem impressas e ficassem prontas. Em NENHUM momento da duração do projeto qualquer um dos dois o fez por vontade própria, pelo contrário, praticamente todas as vezes que saíamos para divulgar o projeto eu tive que praticamente obrigá-los a ir. De acordo com o planejamento inicial, eles deveriam durante DUAS HORAS TRÊS DIAS POR SEMANA fazer a divulgação e captação de contatos para o fanzine em escolas, ONGs, espaços públicos, bibliotecas entre outros. Eles NÃO fizeram NENHUMA divulgação desta até agora. Mesmo as que eu marquei eles não foram, sendo as únicas que eles compareceram foi por iniciativa minha, a conferência nacional livre: Juventude e comunicação e a conferência livre nacional de comunicação, ambas realizadas em São Paulo. Esses dois eventos eu marquei para irmos, eu fiz os contatos, as inscrições e praticamente toda a divulgação do projeto no dia.


Além disso, outras coisas mais me fizeram tomar essa decisão. Como o fato de eu ter que fazer todos os trabalhos do fanzine, inclusive controlar as manias de gastar o dinheiro com coisas não previstas no projeto e controlar a ansiedade em receber a bolsa auxílio, como no caso deste mês específico, em que o Eduardo me pediu o adiantamento da bolsa do mês de outubro CINCO DIAS DEPOIS DE PAGAR A DE SETEMBRO! O fato de durante mais de um mês eu ficar absolutamente sozinho na captação de matérias, na divulgação, nos contatos, falando com os colaboradores, planejando, diagramando e executando as tarefas técnicas do fanzine, como ilustrações, capas, pesquisa de pauta e afins. Isso tudo aliado ainda ao cuidado exclusivo em relação à prestação de contas, sendo que os mesmos não me entregavam quase nenhum dos comprovantes de recargas de bilhete único e combustível que utilizaram, sendo preciso eu chegar a brigar para que me entregassem, além de notas de toner que não me foram entregues também, provocando um grande prejuízo na organização dos arquivos para a prestação de contas.


Outro motivo também é o contato com o próprio programa. Falei com eles para que verificassem o e-mail diariamente para ver se tem alguma mensagem do programa sobre algum evento, sobre alguma orientação e nada, eles não o fizeram, sendo que a totalidade dos e-mails que são enviados pelo projeto foi de minha autoria e TODAS as respostas do programa foram dadas por mim, porque não há nenhum interesse por parte dos dois em participar ativamente de nada do fanzine, a não ser os passeios de carro e o dia do pagamento da bolsa auxílio. Insisti diversas vezes para que eles tomassem conhecimento de sua atitude e melhorassem em relação ao projeto [que classifiquei sempre como NOSSO!], que era nossa responsabilidade com o dinheiro e o apoio que estávamos recebendo, que não era de graça, que tínhamos uma responsabilidade social para com as pessoas que confiaram na nossa palavra, que enviaram suas idéias, seus textos, suas poesias, na esperança de as verem publicadas e distribuídas e todos os outros motivos que poderia ter usado, sem nenhum sucesso a não ser perto do dia do pagamento da bolsa auxílio, além da grande quantidade de dinheiro público que estávamos recebendo para manter o projeto. Chegamos ao absurdo de os dois ficarem praticamente um mês sem nem tocar no assunto do fanzine [e eu tentando entrar em contato diariamente por telefone, indo na casa deles, porém não os encontrando em nenhum dos casos], e depois de tudo isso, com eu praticamente me matando para tentar cumprir os prazos e deixar tudo pronto para quando a impressora chegasse da manutenção [novamente!] a gente pudesse imprimir e distribuir tudo rapidamente, os dois me chegam e perguntam sobre o pagamento da bolsa. Quando falei sobre o projeto, sobre a responsabilidade que eles tinham, simplesmente desconversaram e mudaram de assunto. Sinceramente nesta hora considerei a gota d’água. Simplesmente não posso mais continuar no projeto desse jeito. Não dá pra continuar a trabalhar sozinho em um projeto que conta com três pessoas QUE RECEBEM PARA FAZER. Não dá pra continuar em um projeto em que duas das três pessoas não estão interessadas em nada mais do que o dinheiro que recebem por causa da participação [inativa] no projeto. Não posso continuar tentando manter o projeto em pé depois de receber tanto golpe. Fiquei revoltado, me prejudiquei no trabalho por causa disso, minha saúde ficou debilitada, peguei pneumonia, fiquei três dias de licença médica, gastei mais de R$200 em medicamentos, perdi várias aulas do meu atual curso superior, tanto que terei que trancar a matrícula, já que praticamente reprovarei em várias matérias por faltas, me prejudiquei na minha pós-graduação de sábado também por várias faltas, além do desgaste físico e psicológico de ter que lidar com tanto problema de projeto, de trabalho, de saúde, de estudo sem ter as pessoas que se prontificaram a ajudar pelo menos no projeto, a causa inicial de tanto problema.


Podem dizer o que quiser... podem dizer que eles trabalham e se cansam [como provavelmente irão fazer no seu contato com eles], mas eu também trabalho, aliás, por causa da reposição das aulas do período de 03 a 15 de Agosto, estou trabalhando 12 horas por dia, faço dois cursos superiores, um em design gráfico [exclusivamente por causa do fanzine!] e uma pós graduação, além de dois cursos online. Ainda tenho que chegar a minha casa cansado, esgotado psicológica e fisicamente por causa do meu trabalho [o 2° mais estressante do PAÍS!] e do estudo e ainda ter que cuidar de um projeto sozinho, agüentando inclusive, o desaforo de os outros integrantes do grupo só quererem saber do dinheiro no meio do mês. Dormindo pouco e mal, preocupado com prestação de conta, cumprimento de prazos, elaboração de pautas, contatos, divulgação, captação de matérias, manutenção da impressora, pagamento da conta de luz [sim, porque a luz é gasta da minha casa, sem nenhum reembolso [parte por culpa minha, já que não coloquei esse item no planejamento!]], com as próximas matérias, com o atraso que enfrentávamos, com os problemas no trabalho e na vida pessoal, nos estudos e no resto da sua vida. Sinceramente a gota d’água até tardou para chegar, sinceramente.


Apesar de toda a revolta que tenho neste momento, eu estou muito triste por me ver obrigado a tomar esta atitude, afinal de contas, o projeto do fanzine é um sonho antigo, de infância mesmo. Sempre sonhei em fazer alguma coisa para que as pessoas lessem, gostassem e que passassem para outras pessoas, pois sempre fui um ávido leitor, porém solitário, e era uma coisa que me entristecia muito. Dói de verdade no meu peito abrir mão deste projeto, pois foi um projeto que deu muito certo no período de formação que fizemos em 2007, inclusive unindo um grupo muito bom que continua fazendo ações em outras áreas culturais até hoje. Fico muito entristecido em ter que abrir mão de um projeto que dei muito sangue para conseguir, mas vejo essa como a única saída, já que não posso tirar do Cássio o cargo de proponente, justamente por ser funcionário público do município. A minha maior tristeza é ver que meu projeto, que é fruto de tanto sonho e tanta luta vai acabar sendo jogado no lixo. Tudo por causa da irresponsabilidade alheia e da falta de interesse demonstrada em cumprir com as obrigações que eles mesmos se prontificaram a realizar.


No mais, estou à disposição para outros esclarecimentos.






Marcelo da Cruz Santos.




PS: Foto de fim de post:


Momentos mais felizes do projeto....

sem mais comentários.


quarta-feira, 16 de setembro de 2009

III SEMANA DO VÍDEO POPULAR

Gente, ótima dica cultural para Outubro.

A III Semana do Vídeo Popular é uma realização do Coletivo de Vídeo Popular, que desenvolve ações de fortalecimento dos grupos produtores-formadores-exibidores de Vídeo Popular que atuam em diferentes comunidades de São Paulo. Neste evento, serão exibidos 11 programas do Circuito de Vídeo Popular, além de programas especiais de vídeos latino-americanos, franceses e do acervo da ABVP - Associação Brasileira de Vídeo Popular. Haverá encontros e debates acerca das questões relativas ao audiovisual popular, o cotidiano das ações existentes, a mobilização dos envolvidos e indicativos das políticas públicas necessárias para esta área de atividade.

Dia 1/10 – quinta-feira

15h - Programa VII – Infantil - Vídeo Popular

Velho bola murcha Rodrigo Eba - Grafitti com Pipoca
Ani, 5', 2007 Um velho colecionador de bolas furadas resolve fazer amizade com duas crianças do bairro.

Sem terrinha em movimento
Roteiro e direção Coletivas – Setores de Educação, Cultura e Comunicação do MST
Doc, 17', 2009
O documentário Sem Terrinha em Movimento, lançado em Maio de 2009, foi construído coletivamente pelos Setores de Educação, Cultura e Comunicação do MST.

TudobolôDiogo NoventaDoc, 14', 2001
Documentário lúdico sobre a re-criação e re-leitura de brinquedos futuristas e milenares como escado-de-jacó, corrupio e jabolô, feitos pelo poeta Francisco Marques (Chico dos Bonecos).

Um amor salgadinhoDireção Coletiva - Oficinas Kinoforum
Ani, 4', 2004
Animação que utiliza predominantemente a técnica da colagem. O desespero e as súplicas de um salgadinho muito especial.

Sobre frutas e garotasDireção Coletiva - Oficinas Kinoforum
Ani, 5', 2004
Animação que utiliza predominantemente a técnica "pixilation". Frutas, uma jovem grávida e seu bebê se comunicam com a maior facilidade..

Nhanhonhama PaulistaDiego F.F SoaresExp, 3', 2007
A correria da grande São Paulo pede uma pausa para o chocolate,não? !

Acadêmicos do Morrinho Parte 1Direção Coletiva - TV Morrinho
Ani, 4', 2006
Minutos antes de entrar na avenida, o intérprete do samba da Acadêmicos do Morrinho, o MC Marquinho, entra em crise e pede conselhos ao mestre Renato, colocando em risco o desfile.

Acadêmicos do Morrinho Parte 2Direção Coletiva - TV Morrinho
Ani, 4', 2006
Acadêmicos do Morrinho entra na avenida e encanta o público. Será que a escola vai ganhar o estandarte?


17h – Programa V – Política e Sociedade – Vídeo Popular

O Preço da luz é um roubo Direção Coletiva - Brigada Audiovisual da Via Campesina Doc, 9', 2008
O atual modelo energético que impõe altíssimas tarifas a ser pagas pela população, expulsa trabalhadores de suas comunidade e agride o meio ambiente é o tema desta produção.

Marcha dos 5000 Direção Coletiva – MTST
Doc, 9', 2007 Em 2006 o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto tinha ocupado uma terra por mais de dez anos vazia no Capão Redondo.

A Luta Continua Direção Coletiva - Movimento do Vídeo Popular - Goiânia - GO Doc, 10', 2008
Vídeo criado pela comunidade do Real Conquista , periferia de Goiânia, e conta a trajetória das famílias despejadas do Parque Oeste Industrial em 2005 até hoje.

Futebol a arte do RealDireção Coletiva - Movimento do Vídeo Popular – Goiânia - GO Doc, 10', 2008
“Futebol, a arte do Real" é mais um dos filmes realizados durante a oficina de imagem popular no setor do "Real Conquista" periferia de Goiânia.

Um fechar de olhos
Gilberto Caetano e Arnaldo Malta - Núcleo de Cinema e Vídeo Com-Olhar
Dra, 11', 2003
Uma mulher ao entrar em um ônibus urbanos impede que um coletor de lixo sente se ao seu lado aflorando as diferenças sociais entre os passageiros.


18h30 - Programa X – Vídeo Popular

Sinfonia das Ondas
Turma Cinema Básico 2009/01 - Cinema Nosso/RJ
Fic, 7', 2009
Escritora de sucesso tem a vida abalada por uma fã.

Às margens Direção Coletiva Doc, 13', 2008
Documentário poético sobre pessoas que habitam regiões de várzea e margens dos rios, na periferia de Osasco.
Freestyle: um estilo de vida...
Pedro Gomes - DAP audiovisualDoc, 15', 2008A rima de improviso, o verso feito na hora, um momento transformado em música. Os artistas traçam um panorama do que é o freestyle na cultura hip-hop.

Crescemos Somente na Ousadia!
Direção Coletiva - Co-produção do Coletivo de Comunicação da Marcha Estadual Maria Cícera Neves do MST-SP e do sítio Passa Palavra
Doc, 24', 2009
O vídeo "Crescemos somente na ousadia!" foi feito em homenagem aos 25 anos do MST.


20h - Programa IV - Comunicação Popular - Vídeo Popular

Difusão Comunitária Heliópolis Direção Coletiva - Coletivo Nossa Tela Doc, 12', 2008
A história da rádio Heliópolis, na zona sul de São Paulo e toda sua luta até conquistar seu direito de transmissão enquanto uma rádio comunitária.

Cinema de Quebrada Rose Satiko G. Hikiji - Lisa – Laboratório de Imagem e Som em Antropologia da USP Doc, 47 min, 2008
Jovens Moradores da periferia de São Paulo apresentam o cinema como meio de expressão e de reflexão.


Dia 2/10 – sexta-feira

15h - Programa III – Ficções - Vídeo Popular

Sobreviva Rodrigo Paschoalin - Oficina Básica de Criação Audiovisual e Cineclube Consciência – Jundiaí
Fic, 9', 2008 Hoje em dia em meio às cidades, dentro de ônibus, trens e carros ou até mesmo no escuro do nosso quarto procuramos alternativas e soluções para nossos problemas.

O Grande Vencedor Jucélio Santos - Cine FavelaFic, 15', 2009
A história de um menino que não suportando ver a violência sofrida por sua mãe, foge, deparando e vivenciando com outras realidades.

Pai nosso dos cineastas Henrique Bouduard
Fic, 5', 2007Mensagem de luz e esperança para todos aqueles que produzem a sétima arte.

Desencontros Direção coletiva - FabicineFic, 4', 2007
Em uma noite agitada da Vila Penteado, Zona Norte de São Paulo, dois jovens combinam de se encontrar numa das avenidas principais do bairro, após viverem anos distantes um do outro.

Katmandu – Por dentro do cotidianoCarlosCarlos – CNSA
Fic, 14', 2007CarlosCarlos e Zé Calanga adentram o cotidiano de uma das principais capitais brasileiras.

A Viagem Rômulo dos Santos Paulino
Fic, 12', 2006 Rodrigo é um rapaz de periferia que quer fazer uma viagem com os amigos. Na impossibilidade dos pais o ajudarem, ele encontra outra forma de conseguir o dinheiro.

69
Thais Scabio - Cavalo Marinho Audiovisual LTDA
Fic, 17', 2007
Após comemorar seu aniversário com a família Dona Ana começa a refletir sobre sua vida na terceira idade e resolve mudá-la completamente após ver um programa na Televisão.


17h - Programa I – São Paulo em Cena - Vídeo Popular

Narrativas da SéDiogo Noventa - Companhia Estudo de Cena Exp, 20', 2008
Exercício videográfico em oito cenas realizadas a partir da observação de situações vividas na Praça da Sé em São Paulo.

Em Busca do Gozo Perdido Alex Mountfort e Fernando Rodrigues Frias - Oficinas Culturais Oswald de Andrade Doc, 15', 2007
O cenário pornográfico do Centro Velho de São Paulo e seus personagens, sob o ponto de vista urbanístico e sociocultural.

PariDireção Coletiva - Coletivo Nossa Tela
Doc, 13', 2008A história do bairro do Pari (região central de São Paulo) e de diversos personagens que constituem esse ambiente onde está presente a exploração do trabalho de imigrantes na indústria têxtil.

Na Real do Real Direção Coletiva - Favela Atitude Doc, 10', 2008
11 de dezembro de 2007. A Prefeitura de São Paulo coordena uma violenta ação de despejo contra os moradores da Favela Real Parque.


19h - Programa Francês - Coletivo Kourtrajmé – Internacional

365 Jours a Clichy Montfermeil
doc, 25'
Projet 28 Milimetres
doc, 15'
Justice
videoclip, 5 '
Go Tast
fic, 22 '

** Após a sessão, haverá um debate.


Dia 3/10 – sábado

14h30
Encontro de integrantes do Coletivo de Vídeo Popular, Feira do Rolo e Lançamento da revista - Sala Azul


15h – Programa VIII – Experimental - Vídeo Popular

A Carne Fernando S. Soares e Rosi – NCA
Exp, 8', 2007Uma mãe não se conforma com a morte de seu filho.

Merreis Filipe Freitas e Leandro HBL Doc, 17', 2003
Grupos de amigos viajam ao Rio de Janeiro, chegando lá eles se deparam com situações improváveis que lhes remetem ao mundo ficcional.

Pela Metade Ana Divino - Cinema de GuerrilhaFic, 5', 2007
Ronaldo tenta capturar um evento que se repete em sua vida.

Foi sonhar com ela Julio Fonte - Cinema de GuerrilhaFic, 5', 2006
O fim de uma relação casual leva uma pessoa a diversos tormentos. Sobre a Perda, sobre o tempo, sobre a morte.

Onomatomania Diego F.F Soares - NCA Exp, 3', 2006
O vídeo entra em conflito através de imagens, para questionar a eleição em São Paulo

Programa Bola e Arte – Morro de Santa Marta/RJ CarlosCarlos - CNSATV, 13', 2008
Programa Bola e Arte viaja ao Rio de Janeiro e bate um papo com Fiell, rapper e cineasta morador do Morro de Santa Marta, assim como com outros representantes da comunidade.

EU 44 Wilq Vicente e Carol MesquitaDoc, 5', 2009
Um não lugar, invadido por uma jovem em seu cotidiano. Afetada por algo ou quem sabe um fato, que a faz penetrar através de portas ao que lhe é desconhecido.

Tá me ouvi-vendo? Rogério Pixote - Cinebecos Exp, 4', 2009
Vídeo com eixo no texto Trabalhadores do Brasil, de Marcelino Freire em diálogo com os filmes Terra em Transe e Di-Glauber, de Glauber Rocha.


17h – Programa XI - Vídeo Popular

Postal da Lapa
Oficina de Documentário - Cinema Nosso/RJ
Doc, 6', 2009
Os arcos da Lapa são conhecidos desde a época dos boêmios, porém, será que todos sabem na verdade para que eles servem?

Eu, Você e o Santa Helena
Direção Coletiva - Cineclube Arco de Triunfo / Mundo em FocoDoc-fic, 8', 2009O trabalho pedido por uma "professora" nunca foi tão divertido, com ele duas alunas aprendem na ficção e na vida real um pouco mais sobre a história de seu bairro, o Santa Helena.
Amanhã Talvez Rogério Pixote - Arte na PeriferiaFic, 9’, 2009Manoel e sua vida, cotidiano. Bebida, tevê, bebida, Talvez amanhã, Manoel.

Vaguei os livros, me sujei com a merda toda...Akins Kinte, Mateus Subverso, Allan da Rosa - Edições ToróDoc, 27', 2007
O vídeo aborda a presença apodrecida e patética, ou a ausência estratégica de personagens e autores negros.

Mundo Escola
Maísa Paes de Almeida - Danilo Françóia e Maísa Paes de AlmeidaDoc, 22', 2008
O cinema como instrumento pedagógico.


19h - Programa Latino II

Now!
Santiago Alvarez
Exp, 5', Cuba,1965
Montagem de reportagens e fotos sobre a luta dos negros norte-americanos contra a discriminação racial.

Swift
Cine de la Base
Doc, 13', Argentina, 1971
Informe clandestino do Exército Revolucionário del Pueblo(ERP), sobre o sequestro de Stanley Silvester, cônsul britânico e gerente do frigorífico Swift.

Materiales 2TV
Canal 2TV
TV, 5', Uruguai, 2006
Vinhetas da programação da televisão comunitária Canal 2TV, de Villa Colón, periferia de Montevidéu.

1er Congreso de Comunicación hacia el Socialismo - Cayapa
Vive TV
TV, 10', Venezuela, 2008
Vídeos produzidos durante o 1º Congreso de Comunicación hacia el Socialismo, transmitidos na televisão comunitária Vive TV, Caracas.

Taller de Animación Experimental
Cátia TVe
Ani/TV, 5', Venezuela, 2008
Animações construídas em processo de oficinas pela Cátia TVe, televisão comunitária da periferia de Caracas.

Un minuto por mis derechos - 5 cortos
Kino
Exp, 5', Argentina, 2008
5 video-minutos sobre direitos humanos, produzidos em oficinas com jovens de 14 a 21 anos de diferentes cidades da Argentina.

Hasta la Victoria Siempre
Santiago Alvarez Doc, 19', Cuba, 1967
Exemplo do "Cinema Urgente" de Santiago Alvarez, este documentário foi produzido após poucos dias da morte de Che Guevara, para sua homenagem em Cuba.


20h - Programa VI – Estudo Cena: A República - Vídeo Popular

Estudo de cena: a RepúblicaDiogo Noventa - Companhia Estudo de Cena
Fic, 90', 2009 Parábola da formação da República democrática do país de Jericó. Adaptação do texto “18 Brumário de Luis Bonaparte” escrito por Karl Marx em 1852.


Dia 4/10 – domingo

14h30
Encontro de integrantes do Coletivo de Vídeo Popular e Feira do Rolo - Sala Azul


15h - Programa Latino I

Me matan si no trabajo y si trabajo me matan
Raymundo Gleyzer e Cine de la BaseDoc - 12' - Preto e Branco – Vídeo, Argentina, 1974
Documentário sobre a greve vitoriosa dos trabalhadores metalúrgicos da fábrica INSUD, em Buenos Aires, que protestaram contra as mortes por saturnismo, doença causada por intoxicação de chumbo no sangue.

Fuzil, metralha! O povo não se cala
Edwin Villca Gutiérrez e Rudy Menacho Monzón19' - Cor – Vídeo, Bolívia, 2004
Cobertura dos conflitos armados que ficaram conhecidos como a Guerra do Gás, entre fevereiro e outubro de 2003, em La Paz (Bolívia).

Morena
Mal de Ojo TVDoc - 17' – Cor – Vídeo, México, 2006
Em 2006, a Coordenadoria de Mulheres Oaxaqueñas decide se envolver na luta popular de Oaxaca (México), tomando a televisão local e devolvendo-a para o povo.


19h
Programa ABVP - Associação Brasileira do Vídeo Popular - Sala Azul

A Luta do Povo
Renato Tapajós - Movimento Popular de Saúde.
Doc, 30' 1980
Documentário registra os acontecimentos do movimento operário entre 1978 e 1980.
Invasores ou Excluídos?
César Mendes e Dulcidio Siqueira - Centro de Produção Cultural e Educativa da Universidade de Brasília.
Doc, 30' 1989.
Documentário conta a história das favelas de Brasília e da luta dos movimentos populares por melhores condições de moradia no Distrito Federal.
Olha! Isso pode dar bolo.
Alfredo Alves - Ibase Vídeo.
Fic, 25', 1991
Ficção sobre como a televisão, especialmente a propaganda, pode influenciar a vida cotidiana das pessoas. O vídeo mostra uma família de trabalhadores de baixa renda.