terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Viver é bom, nas curvas da estrada, solidão que nada...

Em tempos de atualização semanal, de correria desenfreada, ritmo alucinante, depreciação e consequente desgaste das relações afetivas humanas e uma completa decepção com o mundo, resolvi falar hoje sobre o sublime ato de dormir com alguém.


Os safados de plantão já imaginarão que falarei aqui do ato de transar com alguém, já os puritanos demais podem achar que se trata de um ensaio infantil sobre a experiência maravilhosa que é dormir aconchegado no colo da mãe. Na verdade, como maniqueismo não é o meu forte e eu fico constantemente em cima do muro, afinal é de onde é mais fácil se atirar pedras, o que vou falar aqui é um tanto dos dois [e de demais variações também, se for possível]. Na verdade esse é um pensamento sobre a característica humana [?] que pode ser, ao mesmo tempo, sublime e mesquinha: A solidão.


O que é a solidão?? É verdadeiramente uma característica humana? É apenas um produto de propaganda? É um sentimento ou uma necessidade? Uma característica sócio-histórica ou produto do homem moderno? Estado de espírito ou simplesmente consequência do desgaste das relações humanas? Resultado da crise de valores ou mais uma "frescurite" pseudo-depressiva criada por hipocondríacos dependentes de antidepressivos?

Como seres humanos racionais [?] que somos, temos a tendência de, ao analisar fatos, sentimentos, cachorros, ações, pessoas, episódios de live action ou outras coisas importantes [ou não!] pelo prisma da comparação entre dois extremos: O bom e o mau [ou bem e mal, benéfico ou maléfico, et cetera], o frio e quente, o gostoso e o ruim, dentre outros infinitos exemplos. A isso se dá o nome de maniqueismo e é uma característica muito presente nos livros de literatura infantil [a tal da moral da história nada mais é do que um reflexo simplificado dessa característica] e nas cantigas de ninar [terroristas!] às quais qualquer pessoa consegue, sem nenhum esforço aparente, cantar ao pé da letra. [Isso me deu uma boa ideia de próximo post!]...

Não vou analisar porra nenhuma através de um prisma comparativo [mentira] extremo [agora sim!], até porque nunca fui muito fã de ver apenas um lado da moeda [sim, vide águas passadas que MOVEM moinhos!], Então vou tentar discorrer sobre as três coisas [não era uma?] que formam o objetivo central do meu post atual através de pelo menos umas 52 visões [claro que é mentira, mas não custa nada planejar!]...

Comecei falando que iria discorrer sobre o sublime ato de dormir com alguém, após resolvi incluir a solidão e os questionamentos intrínsecos à ela, depois veio toda essa enrolação sobre maniqueismos e tal, tudo para contextualizar [Lembre-se, contexto é tudo, senão a maior parte... ^^] e será exatamente sobre o que vou falar agora.

Os virgens que me perdoem [e às mulheres pensem na forma oposta à minha, pelo menos as heterossexuais], mas primeiramente devo dizer algo sobre a arte sexual [pra alguns é arte, pra alguns é ato, pra alguns é entrega, entenda como preferir, nesse caso o gosto É do freguês!], costumeiramente chamada de "dormir com alguém", "comer" ou "dar" pra alguém [embora eu não entenda muito bem a "praticidade" dessa expressão, mas isso conto em outro post].

É realmente uma experiência gratificante [os praticantes regulares dela não me deixam mentir], afinal é [de toda forma] um momento de entrega [pode ser uma das explicações para o "dar pra alguém"], de sublime entrega digo mais, não apenas do seu corpo [o que costumeiramente acontece], mas de sua intimidade, de seu desejo e, poucas vezes, infelizmente, do seu amor. Mas não é apenas um momento de entrega, é um momento de recebimento também [outra explicação pro "dar", não apareceu nenhuma sobre o comer, mas tenhamos fé...], afinal é dando que se recebe [horrível essa, me perdoem fiéis [?] leitores. O ato sexual é um ato sublime, [embora condenado aos berros por adventistas, protestantes, messiânicos, católicos, evangélicos e todas as outras espécies de iludidos antes do casamento e sem a finalidade de procriação!] é um ato bonito, a junção de dois corpos, dois corações [pelo menos no sentido romântico!], de dois sentimentos buscando dar o máximo de sua intimidade através da coleta da intimidade do outro. E quem é que não gosta de um "cheiro" no pescoço, de um carinho ao pé do ouvido, de uma palavra [bonita] sussurrada na orelha,[quem nunca fez não sabe o que está perdendo!!] de dizer um "eu te amo", embora ultimamente essa seja uma coisa rara nessa situação [e em muitas outras, diga-se de passagem!]. Quem é que não quer uma pessoa pra dividir suas alegrias, suas tristezas e seus momentos de prazer [atire a primeira pedra na minha cabeça, que não tem erro!] e pra dar e receber o máximo de prazer que uma relação [nesse caso, não apenas a sexual] tem a oferecer [de bom, claro!]. É por essas e outras que a primeira faceta de se "dormir com alguém" como algo sublime foi justamente a mais prazerosa [pelo menos por quem já fez!] e não a mais poética, como será agora...

Ora, e quem é que não ama a sua mamãe? A primeira pessoa [que realmente importa] que te viu chegar ao mundo, [curiosamente saindo de dentro dela, olha a natureza nos pregando peças, amamos a pessoa que quase morreu e sofreu horrores [exceto nos casos de cesariana [como o meu] pra nos gerar! Já que você provavelmente não sabe o nome do médico que te tirou de lá, nem sua mãe ou qualquer outra pessoa, afinal é o trabalho dele...[se nasceu de parteira você sabe porque ela te encontra na rua até hoje e grita, é eu te tirei da barriga da sua mãe e você cabia na palma da minha mão moleque ou "minina"!] ... Oh, e é uma pena que realmente não nos lembremos de nada antes dos dois anos de idade [maldito cérebro que demora tanto pra pegar no tranco!], pois afinal de contas seria nossa 2° [sim SEGUNDA!] maior lembrança da vida: O momento mágico pelo qual nós metemos a boca na teta de mamãe pra sugar um leitinho quente [e amarelo que nem o sol], nosso primeiro alimento, nosso primeiro contato, primeiro aconchego, primeiro beijo, primeiro tudo, não é a toa que seria o 2°, afinal não dá pra comparar isso com cair do palco na colação da 8° série...ou dá? Agora tente imaginar você, pequenino [ou não, se nasceu com mais de 4KG como no meu caso] aconchegado no colo de mamãe, ela toda suada e porca de tanto suar pra te arrancar de dentro dela [cesarianos, uni-vos! Apesar de ser a favor do parto natural, é mais seguro pro bebê... :D] e ela com a maior cara [lavada] de felicidade, pois tem nas mãos o milagre [de deus, da vida, da natureza, isso realmente importa?] que é um filho. Todas as preocupações com alimentação, moradia, lazer, amizades, escola, raiva, nota baixa, surras, jogar videogame, brincar até de tarde, sair pra balada, perder a virgindade, ser avó, deixar sair de casa pra se virar sozinho nem sequer passam pela sua cabeça, enquanto você [sim, você! Se coloque na primeira pessoa uma vez e largue de ser passiva pessoa!!] está lá, aconchegado bem tomando um leitinho de boa. Quer sensação melhor que essa? Não fazer porra nenhuma e ser o mais amado? Que sensação boa é deitar no colo de mamãe [isso com qualquer idade, não seja tímido aos 23, 34 ou 45, EXPERIMENTA!] e tirar uma pestana, ainda mais quando ela faz cafuné na sua orelha [MULHERES que tive que me perdoem, mas cafuné de mãe é insuperável...]. As lembranças podem não ser nítidas no seu caso específico pessoa, eu sei, afinal não são pra mim também, assim como não é pra qualquer pessoa [mesmo as que tiveram a sorte de pais do audiovisual filmarem tudo, do banho à troca de fralda!] mas quem precisa de uma memória quando se tem a livre manifestação da imaginação, o chamado alter-ego! Vamos lá, já dizia John Lennon, Imagine!!! E não custa nada "preguntar" pra mamãe como era também, aposto que ela vai se lembrar com uma grande nostalgia...[Dica: deita no colo dela quando perguntar, é batata!! Você só não vai mamar de novo, mas o resto... :D]. E ainda tem gente que pergunta porque eu amo minha mãe...

Ao falar tanto sobre aconchego, sobre carinho, afeto, acabo por descobrir a minha faceta [temporária] sobre o que é a solidão [olha como brainstorm pode ser produtiva!]. De acordo com o meu dicionário prático de sentimentos [chamado coração burro da porra!] a solidão não é nada mais do que a falta de amor. Agora livres interpretações podem ocorrer dessa constatação. Pode ser a falta de amor de alguém, de amor próprio, pela vida, pelo desapego, pela alegria, pela tristeza, pela companhia [tem doido pra tudo!] pela parte que achamos que nos falta, afinal tem amor por tanta coisa e, pra ter um, tem que ter  o contrário [ensinamento de vovó!].

Poderia terminar o texto com um sentimento de missão cumprida [?], de trabalho realizado e, ainda acrescentar alguma coisa do tipo: "Bom, procure você o seu significado, ele pode estar mais perto do que você imagina!" e sair com pose de intelectual mas, como eu não sou desses babacas de livros de auto-ajuda, meu nome NÃO é Paulo Coelho [ainda bem!], não acredito em finais felizes e a minha metade do pão quando [e se] cai no chão é a com manteiga pra baixo o buraco é mais embaixo. Vou recomendar que você faça seu próprio texto e [se] conseguir me mande o endereço [sim, eu GOSTO de ler blogs] que eu [até] faço um comentário super "meiguxo", típico de pessoas modernas que têm "fotolog".

Agora sim eu posso me mandar com cara de intelectual e fazendo aquele beicinho de quem finge que tá entendendo tudo que a porra do cineasta maluco tá falando...


bjomeliguem...


Um comentário:

Lacordar disse...

Olá!

Muito bacana seu blog!

Parabéns!

Beijos