sábado, 12 de agosto de 2006

a historia do menino que pulou do penhasco...

nos eternos devaneios de minha mente perturbada criei esse pequeno texto, que conta uma historia muito peculiar....
meio real...meio ilusao ...meio mentira....de tudo um pouco como qualquer coisa que fazmos....
quendo fizer o resto republico tudo de uma so vez...
ate a vista...

A historia do menino que pulou do penhasco
Chora o pobre menino em cima do penhasco, ao lembrar das coisas boas de sua pequenina vida, ao se recordar das alegrias intrínsecas que vivenciou junto a outras pessoas em tempos outrora mais felizes. O menino não percebe uma lagrima escarlate escorrer de seus vivos olhos de criança, uma pequena lagrima de um rubro escarlate, que escorre por seu rosto infante, indo se juntar às manchas de um dia de marcha ininterrupta e da sujeira acumulada em sua fronte e vestes. Mal percebe a pequena figura infante ali, parada em cima daquele cume, que está sendo observada por olhos atentos, que logo se convertem em seus próprios afazeres: - e apenas mais um suicida pensam eles, - tomara que isso logo tenha fim, mas o mais insignificante dos olhos a espreitá-lo é justo aquele que demonstra a maior preocupação, um olho que mesmo estando no dever de ajudar se afasta por medo das sombras que a visão do menino pode trazer, então ela grita ao longe: - por que choras menino? O que o deixa tão triste que o faz levar-se tão longe a esta terra longínqua triste, estranhamente triste, como se todos os males do mundo encontrassem sob o sopé dessa montanha o abrigo necessário, esperando pela alma dos incautos para perturbá-los, para espalhar a dor e a tristeza no coração daqueles que não estão prevenidos, mas o menino está alheio a tudo isso, em seu diminuto coração só resta espaço pra tristeza de seu coração e para os rudimentos de memória que ele consegue lembrar com uma nitidez pálida ofuscada pelo enevoamento da mente causado pela dor da perda e pelo vazio do coração causado pela dor da saudade. A pequena voz lhe dirige a palavra: - menino o que aconteceu a vossa mercê para que estejas tão triste, que tipo de moléstia física ou psicológica lhe infringiram pra que ficasse tão mal? E finalmente como que, despertado de um transe o menino se dá conta de que a voz se dirige diretamente a ele e não é mais um dos fantasmas a perturbar sua mente: no que responde: - ó pequena voz que se eleva das sombras interessada em saber do meu triste desígnio e da minha triste historia, fico apensar se sois apenas um fantasma de minha mente e me pregar pecas ou se sois a manifestação espiritual de minha tristeza e frustração por perder tudo aquilo que eu mais amei em minha vida. No que, a pequena voz, atraída pela melodia suave da pequena voz e pala vontade de ajudar a uma alma tão perturbada mesmo sem saber o por que exato disso tudo se pergunta o que pode fazer por ele, qual a forma de ajudar a tão trist’alma que vaga sem destino pelos oceanos do esquecimento alem da vontade e da própria noção de desejo e chega a uma conclusão: Decide falar diretamente ao menino: - Menino, conte-me sua história, pois estou disposto a ouvi-la, se quiseres é evidente! O menino que não estava entendendo muito bem onde esse novo [talvez !?] fantasma queria chegar pergunta: - ora pequena voz que surge das trevas, como pede-me que conte a minha historia se não sei nem quem sois vós?, Poderia ter a gentileza de se apresentar a minha presença que eu julgarei ser necessário ou não lhe contar minha história: a voz, muito amedrontada pelo simples pedido do menino diz: - ainda não posso me apresentar a você caro menino, será que poderia contar-me sua historia, eu gostaria de ouvi-la, pois apesar de com certeza ser uma historia triste a sua, deverá estar repleta de beleza e do amor verdadeiro, apesar de ser apenas um menino, um infante nas artes da vida, sinto que tu já amaste alguém a “maneira de gente grande” e que o principal motivo de sua estada aqui nesse pico é justamente esse, esse amor mal resolvido, que come a sua vida como o fel dos espinhos da rosa. O menino, na ponta do penhasco cheio de nevoa olha freneticamente para todos os lados, na esperança de ver de onde vem essa voz estranha, mas ao mesmo tempo muito familiar, como se algo que há muito tempo foi deixado voltando agora com muita força, dando a impressão de que essa voz é a única que poderá tentar compreender seu sofrimento mais que as outras pessoas e finalmente toma uma decisão: - bom, já que é assim, lhe contarei minha historia, porém já aviso que será uma longa historia, longa até demais para os padrões normais, e assim ele começou seu relato e ate onde se lembrou antes do fim:
- não me lembro de haver EU antes dela, minha vida pode ser resumida assim, antes dela, com ela e depois dela, com simples palavras, como não existência, felicidade plena e tristeza e abandono absoluto, necessariamente nessa ordem exata, lembro-me de minha existência antes dela como um espasmo de sombra e medo, como um mar de incerteza que se assoma diante dos olhos do infante inocente, como a duvida que corrói o coração do homem que fraqueja ante os clangores da batalha que não pode evitar [mesmo que tal batalha não tenha sido feita por culpa dele] e, mesmo assim não consigo uma forma de demonstrar em palavras ou mera lógica mortal toda a escuridão que se apodera de mim quando me lembro do tempo antes dela. A pequena voz o interrompe perguntando: - ora menino! E como pode dizer tal coisa, parece que sua vida foi apenas de sofrimento e tristeza e que nenhuma alegria passou pelo seu pesado coração enquanto não a conheceu, me diga menino, antes da chegada dela a sua vida, você não Consegue se recordar de ter havido momentos de felicidade em sua casa ou em sua vida? No que o menino imediatamente responde: - que eu consiga me lembrar não! E estou sendo sincero, não me lembro de sequer um momento realmente feliz em minha existência, lembro-me sim de diversos, infinitos momentos alegres que vivi outrora, mas lembrança FELIZ mesmo, como as que lembro quando estive ao lado dela e tudo o mais aconteceu não, jamais alguma lembrança que meu coração possa criar ou minha vida proporcionar se, por ventura tempos mais felizes que esses vierem ate mim, suplantarão em magnitude e resplandecência a magnífica lembrança dos momentos que passei junto a ela, que foram como o mais puro dos méis produzidos pelas abelhas mais formosas de toda a terra, e nem mesmo o trabalho de cem mil poetas poderia colocar em palavras que conseguissem traduzir toda a alegria de um coração em sua plenitude de satisfação e felicidade, mas como tudo o que e belo e formoso há de jazer sob a cinza da escuridão e da morte [assim e a sina dos homens mortais, perecer na escuridão enquanto lutam desesperadamente contra o destino cruel que lhe inflige tamanho tormento] os momentos que passei ao lado da pessoa que mais amo foram se extinguindo ate que a despedida se fez finalmente, por meio de uma carta [de uma maldita carta] quando ela me disse adeus e não me deu nem mesmo a chance de implorar para que ela ficasse comigo, para que se mantesse ao meu lado nas horas escuras que viriam com certeza, mas que enfrentaria de coração aberto se ela estivesse comigo, mas tais horas tornaram-se dez vezes mais negras apenas pelo fato de sua ausência e do negrume que se apoderou de mim quando não tinha mais a sua luz a me iluminar na escuridão, isso foi o mais triste, perder aquela que tanto amava por um acaso do destino e uma coisa...mas perde-la para uma coisa chamada medo e insegurança e algo muito pior...
ela ainda nao esta terminada [como todo mundo percebeu] e ainda ha um bom pedaco em minha mente perturbada sim...
esta em processo de desenvolvimto e nao sei quando vou postar aqui...
espero que seja uma leitura agradavel...
[...]

Um comentário:

Anônimo disse...

ja pode terminar dedoes